A humilhante derrota de um mestre chinês de kung fu, que em dez segundos de combate perdeu para um campeão de artes marciais mistas (MMA), desatou um debate sobre se as formas tradicionais de luta desenvolvidas na China há milênios ainda são úteis perante as técnicas mais modernas.
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"O tai chi nasceu como uma arte de defesa, mas agora é mais um instrumento de manutenção da saúde, efetivo contra as doenças crônicas", tentou contemporizar, em declarações à Agência Efe, um professor do Centro de Cultivo Espiritual de Pequim.
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Dizem os historiadores que as formas de combate chinesas, que ainda são estudadas pela polícia e pelos soldados do país, nasceram em volta da dinastia Qin (século III a.C.), quando os nobres começaram a contratar assassinos profissionais para sua segurança ou inclusive para usá-los de um modo parecido com o dos gladiadores romanos.
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Mas em 1960, como lembrou na semana passada o jornal "South China Morning Post", um dos pais das artes marciais mistas, o famoso ator americano nascido em Hong Kong, Bruce Lee, já tinha derrotado um praticante de artes tradicionais chinesas, Wong Jack-man, começando a colocá-las em dúvida.
A China, apesar disso, continua tentando promover por todo o mundo suas artes marciais tradicionais, como provou o fato de que na Olimpíada de Pequim em 2008 fossem esportes de exibição, ou que seus monges shaolin viajem por todo o mundo para mostrar o poder de seus punhos.
Leia a matéria completa (UOL).
Essas lutas foram muito apropriadas para o momento em que foram criadas. De lá para cá, o combatente mudou assim como o próprio combate. Se a arte marcial não se adapta, perde sua efetividade numa situação real. Isso não é a mesma coisa que "perder o valor", já que além do combate, a maioria das artes marciais antigas possuem uma bagagem cultural bastante grande. É o que se chama de "filosofia" nas artes marciais. O que não é o caso das artes marciais voltadas para efetividade no combate moderno.
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