Quem é Criminoso?

Alguns textos traduzidos:

Será que faz sentido recolher amostras de DNA de condenados?

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Para apreciar por que é sensato promulgar essa mudança no direito penal, é preciso lembrar um fenômeno que muitas vezes não é apreciado pelo público em geral: a generalidade do crime.

Dois criminologistas, Travis Hirschi e Michael R. Gottfredson (o mesmo criminoso que em 1983 descobriram a curva do crime de idade) demonstraram de forma conclusiva que os criminosos não se especializam. Os indivíduos que cometem um tipo de crime são mais propensos a cometer outros tipos de crime também. Em outras palavras, os ladrões de pequenos bens são mais propensos a não apenas cometer roubo pequeno e falsificação de cheques, mas também cometer homicídio e estupro

Isso ocorre porque há uma constelação de características pessoais - o principal, entre os quais o baixo autocontrole e a baixa inteligência - que inclina alguns indivíduos a cometer crimes. Os que não possuem essas características pessoais são menos propensos a cometer crimes de todos os tipos. Todos os comportamentos que são classificados como crime em sociedades civilizadas são os resultados de certas falhas: a incapacidade de adiar o prazer, a falta de vontade de ser correto e obedecer as regras e, de acordo com a hipótese, a incapacidade de compreender verdadeiramente como sistema de justiça criminal opera. É por isso que os indivíduos que cometem um tipo de crime são mais propensos a cometer a maioria dos outros tipos de crime também.

E não são apenas crimes. Os criminosos são mais propensos a assumir riscos de todos os tipos. Eles são mais propensos a dirigir carros sem usar cinto de segurança ou sem seguro (obrigatório nos EUA), andar de motocicletas sem usar capacetes e jogar jogos-de-azar (embora muitos desses comportamentos sejam crimes em muitos estados).
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Assim, os homens que roubam US$ 5,00 de uma caixa registradora são mais propensos a assassinar e a estuprar. Posso pensar em poucas ilustrações melhores da noção de Hirschi e Gottfredson sobre a generalidade do crime.

Leia o original (Psychology Today).

É bom ter esse conhecimento. Especialmente porque conhecemos os hábitos de algumas pessoas. Se você tem um colega de trabalho que furta objetos da sua empresa, saiba que ele tem mais chance de assassinar. Se ele mente para conseguir faltar ao trabalho, pode também ser um estuprador.

Criminosos tem aparência diferente de não-criminosos
Sim, mais uma vez, você PODE julgar o livro pela capa


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Em suas experiências, Valla et al. mostraram fotos dos rostos de 32 jovens caucasianos com 20 a 29 anos, sem cicatrizes, tatuagens ou pêlos faciais excessivos, todos em expressões neutras. Dezesseis deles são criminosos condenados, e os outros dezesseis não são. Valla et al. simplesmente pediram a seus participantes experimentais que indicassem quanto achavam que cada homem seria um criminoso (assassino, estuprador, ladrão, falsificador, agressor, incendiário e traficante) em uma escala Likert de 7 pontos de 1 = extremamente improvável para 7 = extremamente provável. Os resultados de duas experiências mostram consistentemente que os indivíduos podem dizer quem é e quem não é um criminoso […]

Leia o original (Psychology Today).

Bom lembrar que os estudos científicos funcionam para populações, não para indivíduos. Por exemplo, dizer que fumantes tem muito mais chance de ter câncer de pulmão não significa que:

• todos os fumantes terão essa doença
• todas as pessoas com essa doença são fumantes

Portanto, não é porque uma pessoa tem aparência de honesta que ela realmente é. Porém, se ela aparenta ser uma criminosa e você não precisa se relacionar com ela, prudência nunca é demais.