Introdução

Onde Treinar?

FSAKM: Centro de Treinamento Paranaense Instituto SOBS
Bukan: Jadim das Américas Ecoville
FPKMK: Academia Território Top Team VO2 Sports

Se você conhece mais algum local de treinamento em Curitiba ou Região Metropolitana, por favor comunique. Se for comprovada a "linhagem", será adicionado aqui.

O que é Krav Maga?
É uma técnica de defesa pessoal (arte marcial) caracterizada por uma resposta violenta e rápida contra uma agressão. O objetivo do Krav Maga é ser efetivo: poucos movimentos levarem a neutralização do oponente. Seguem algumas regras:
- Defesa específica para ataque específico.
- Caminho mais curto, máxima velocidade e máximo poder.
- Movimentos naturais do corpo e sua mente.
- Faça o que consegue, mas faça certo. Não há atalhos.

Qual é o legítimo representante do Krav Maga?
Cada professor, instrutor ou aluno acredita estar na melhor escola de Krav Maga e que estaria mais alinhada aos ensinamentos de Imi Lichenfeld. A discussão é eterna e, devido ao sucesso do Krav Maga, todos querem ter o maior número de alunos possível. Essa rivalidade entre as escolas já resultou até mesmo em questionamentos judiciais.

Qual a diferença entre as escolas?
Existe diferença, mais seria impossível citá-las sem parecer ser parcial. Vá assistir uma aula.

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terça-feira, 4 de abril de 2017

Sujeito Mata Voluntária - 2/3

Continuando postagem de ontem.

O problema é que, hoje em dia, as "doenças psiquiátricas" são usadas para justificar muita coisa. Esse tipo de doença existe e predispõe o sujeito a violência. Mas muitas vezes a doença não tira do doente a capacidade de julgamento. Muito simples: imagine-se que algumas situações são realmente culpadas por alguns crimes. Por exemplo, uma esquizofrenia grave leva o sujeito a cometer um assassinato. Ou então a pobreza extrema leva o sujeito a roubar para alimentar a família. Pobreza, gravidade de uma doença ou o ambiente em que um sujeito foi criado são, na melhor das hipóteses, "Grandezas Contínuas" (por exemplo, numa escala de pobreza, o sujeito pode ir descendo gradualmente). Na hipótese mais realista, são fatores de avaliação subjetivas (são estimados, não medidos).

Imagine um repórter dizendo que um sujeito específico furtou (sem violência) uma carteira e, em seguida, perguntando à população se o entrevistado achava que o ladrão deveria ser preso. Alguns responderiam que em todas as situações o sujeito deveria ser punido. Outros diriam que em todas as situações o criminoso deveria ser perdoado. Mas 95% da população diria que em algumas situações, o sujeito é tão pobre que justifique o furto e em outras, o sujeito tem o suficiente para não justificar o crime.



Então veja o seguinte gráfico hipotético. Nele, três situações distintas ao longo do tempo:


Nesse gráfico, o número de furtos cometidos distribuídos conforme a situação financeira do ladrão.

Em azul, os crimes cometidos por pessoas tão pobres que só os 2,5% radicais acreditam que devessem ser punidos. Em vermelho, os crimes cometidos por pessoas em situação financeira mais tranquila. Só os outros 2,5% radicais do outro lado acham que essas pessoas deveria ser deixadas impunes.

Em cinza ("zona cinzenta") sob uma banda verde, furtos cometidos por pessoas que a população se divide entre os que o consideram escusável (perdoável) e os que o consideram puníveis. "Será que o sujeito é tão pobre que justifique o furto que ele cometeu? Eu acho que sim, mas meu irmão acha que não.".

Essa banda verde pode ser chamada de "Janela de Overton" e representa os limites de pensamento aceitáveis para 95% da população. Por exemplo, se alguém propuser que deva ser preso o sujeito que furtou uma carteira porque o filho estava faminto, soará absurdo para a maioria das pessoas (95% dentro da janela de Overton). Do outro lado, se alguém disser que um sujeito que tem um telefone celular de última geração, anda com vários cordões de ouro pendurados no pescoço e só usa roupas caras deve ter o crime perdoado porque o cometeu por necessidade, soará absurdo para esses mesmos 95%.

O problema é que a linha de corte onde a situação financeira (ou doença mental ou ambiente em que foi criado) justifica o crime é definida arbitrariamente. E vemos uma constante pressão para que as duas bordas da janela de Overton progridam para a mesma direção.

Com isso, é esperado que o número de punições diminua, pois:
  1. aquele sujeito que estava numa zona cinza, passou a ser azul e sua condenação por um juiz parecerá um absurdo às pessoas;
  2. aquele sujeito que estava numa zona vermelha (sua absolvição por um juiz era vista como absurdo) passou para a zona cinza e agora sua absolvição passou a ser um assunto de debate.
Com a diminuição das punições e, até mesmo, com a cultura de que isso não é errado, é esperado que o número desse crime aumente (mesmo nos que estão na faixa vermelha). Outro fenômeno é a tentativa de que pessoas da banda vermelha que tentam ser classificados como cinza. Por exemplo, o sujeito é aquele que ostenta sinais externos de riqueza e, muitas vezes, tem renda superior à média nacional. Mesmo assim, tão logo é preso, começa o discurso de que a sociedade o força a roubar pois a sociedade determinou que ele só pode ser feliz se usar celular de última geração e roupas caras. Uma vez incluído nesse grupo, a borda da janela desloca-se mais uma vez.

Por último, hoje, em geral, a janela não é desviada de maneira constante. A tolerância de opinião primeiro é ampliada em uma direção (nesse caso, com deslocamento da borda direita) e depois contraída na mesma direção (nesse caso, com deslocamento da borda esquerda).

Continua amanhã. 

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